Back to USA II. Entre as montanhas de Sta. Cruz e Sonoma
Back to USA. Oregon, a Borgonha na América
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Vinho de Talha. A magia dos Potes de Barro.
2021. Odisseia no espaço… de 20 vindimas!
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Avesso. Os Vinhos Verdes ao contrário
Os vinhos da quarentena. Vamos lá limpar a garrafeira!
Vinhos de uma vida. O Alfrocheiro 2001 e o extraordinário João Cruz Miranda
5 regras para o Natal. Ou então esquecê-las e beber… o que nos dá mesmo prazer! Feliz Natal!
Obrigado America. Ou aquela viagem que termina sempre com vontade de regressar!
Diário de um winemaker nos States. I just love America!
Diário da Vindima (V). O texto final só podia ser dedicado a esta gente!
Diário da Vindima (IV). Sim, a vindima perfeita ainda está por acontecer!
Diário da Vindima (III). Um aniversário no paraíso do Douro
Diário da Vindima (II). Quando Sir Winston Churchill se junta à festa…
Diário da Vindima (I). Quatro adegas e 367 Km para começar a semana…
Vida de enólogo? Não é só copos… Mas não deixes para amanhã o que podes fazer hoje!
AdegaMãe
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Cheguei à AdegaMãe ainda não tinha sido lançada a primeira pedra. Havia uma quinta e uma vinha, mas todo o projecto produtivo e de enoturismo estava para ser desenhado de raiz pelos arquitectos Pedro Mateus e David Baptista, com os inputs dados pela família, em especial pelo Bernardo Alves (que fez uma prospecção de adegas por algumas das mais reputadas regiões mundiais), e por nós. Mais uma vez, o Anselmo Mendes e eu.
Eu ficaria como enólogo, o Anselmo como consultor. Foi assim que arrancou o nosso envolvimento na AdegaMãe, um projecto lançado pela família fundadora da empresa portuguesa líder no sector do bacalhau, a Riberalves, que creio ser um dos melhores exemplos entre os mais recentes investimentos no sector do vinho em Portugal.
Tudo foi pensado ao pormenor, desde a fase de construção. Houve um objectivo claro de optimizar a eficiência da parte produtiva em sintonia com o enoturismo. Um lado não podia prejudicar o outro. E a verdade é que desenvolvemos excelentes condições para a produção de vinho numa adega que, ao mesmo tempo, é referência pela arquitectura e presença frequente nas listas dos melhores enoturismos do país.
O primeiro vinho nasceu em 2010. Num projecto muito apegado à região – a família fundadora da Riberalves é natural desta zona do concelho de Torres Vedras – creio que a nota identitária anda muito à volta do que é genuíno e local, procurando contribuir para valorizar o Oeste, e a Região de vinhos de Lisboa, com aquilo que conseguimos alcançar de mais característico.
O Anselmo também sempre me inspirou neste caminho, de procurar os vinhos que se diferenciam pela expressão verdadeira dos locais onde nascem. Começámos por pegar nas melhores castas nacionais e internacionais, estudámos a sua adaptabilidade, e deixámos que evoluíssem e expressassem a mineralidade dos solos e a influência climática atlântica, tão única e tão especial nas vinhas AdegaMãe, plantadas a apenas 7 Kms do oceano. Naturalmente fomos evoluindo a nossa gama de vinhos, sempre numa linha de grande equilíbrio e frescura, uma frescura atlântica que inspirou a nossa assinatura: AdegaMãe, Atlantic Wines.
O projecto é ainda recente, mas a pujança do grupo suportou todo um trabalho que nos levou a ser destacados como Empresa do Ano e a conquistar os mais diversos prémios, nomeadamente um Prémio Excelência para o nosso vinho topo-de-gama, o AdegaMãe Terroir 2013, o primeiro Prémio Excelência alguma vez atribuído a um branco da Região de Lisboa.
ps: AdegaMãe porque é uma homenagem dos homens da família Alves à matriarca, a dona Manuela, e uma evocação ao espaço de criação que é a própria adega.
ps1: A principal marca – os vinhos Dory – é inspirada nas pequenas embarcações que os pescadores portugueses utilizavam na pesca do bacalhau, os dóris.