Couteiro-Mor
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Este é o meu primeiro projecto enquanto consultor de enologia. Há, portanto, aqui uma ligação sentimental muito forte, por ser uma das primeiras casas a acreditar em mim e no meu trabalho, mesmo quando iniciámos a aventura, em 2010, estava eu numa fase muito inicial da minha carreira.
Quando falamos de Couteiro-Mor, está em causa um produtor clássico do Alentejo, que começou a engarrafar vinhos no início dos anos 90, apontando desde logo a um posicionamento muito interessante, procurando produzir vinhos muito directos, de qualidade, que facilmente se tornariam uma referência no mercado.
A tarefa herdada não era pequena. É nesta casa, por exemplo, que está a vinha da Granja, uma das vinhas referência do Alentejo, onde são colhidas as uvas que dão origem ao famoso Vale de Ancho, um dos tintos de maior distinção em Portugal, que chegou a conquistar dois Prémios Excelência. São cerca de 40 hectares de vinha não regada, numa impressionante encosta xistosa do concelho de Montemor-o-Novo, terreno sequeiro que transmite um carácter único ao vinho.
Com as restantes herdades – Menir, Guião, Campo Frio e Herdade do Raimundo – somamos mais de 100 hectares de vinha que rondam uma produção de 1 milhão de Kg por ano. É esta a dimensão de um projecto que procura honrar o nome construído desde as primeiras vindimas, quando o Sr. Gabriel Francisco Dias começou a colher e a vender para fora as primeiras uvas, e depois a fazer os próprios vinhos.
Em 2012, o projecto seria adquirido pela família Barão Rodrigues, capaz de implementar uma nova dinâmica de investimentos não apenas na parte produtiva, mas igualmente a nível comercial.